06/07/2015

Dupla de zagueiros do Maracanã se reencontra no Jaconi

Dupla de zagueiros do Maracanã se reencontra no Jaconi


16 anos depois da conquista da Copa do Brasil, um reencontro especial marcou a manhã desta segunda-feira (06/07), no estádio Alfredo Jaconi. Picoli e Índio, os dois zagueiros que entraram em campo no Maracanã e ajudaram a segurar o 0 x 0 que entrou para a história do clube, conversaram longamente e relembraram os principais momentos do título.

Com 43 anos, o Xerife Picoli exalta a dupla formada com Índio naquele ano de 1999. “Lembro de dois momentos que marcaram aquele jogo contra o Botafogo. O primeiro é quando eu começo a discutir com um adversário por causa de uma cotovelada que eu tomei. No meio do bate-boca chega o Índio e termina com a discussão, metendo respeito e mandando o cara longe. A segunda situação é quando ele diz, já na reta final da partida: ‘bá Xerife, não vou aguentar’. Ele tinha uma dor na coxa, de uma lesão que já tinha tirado ele da partida contra o Inter. Aí virei pra ele e disse: ‘você vai ficar em campo. Faz a sobra aí que eu corro por ti’. Nossa parceria era de muitos jogos. Ele tinha uma presença importante, era imponente como zagueiro”, relembra Picoli, com o semblante de quem, quando conta estas histórias, revive momento por momento.

“É uma emoção enorme. Não tem explicação o que sinto ao relembrar de tudo isso e retornar ao Jaconi, reencontrando amigos como o Picoli, o Fernando e outros companheiros daquela época. A nossa conquista vai ficar para sempre na história e isso me orgulha muito. Aquela parceria de zaga era dentro e fora de campo, então sempre comento, por todos os lugares por onde eu passo, da união e da capacidade do nosso grupo naquele ano”, destaca Josué Ferreira Filho, o popular Indião. Aos 40 anos, o ex-zagueiro também atua como treinador.

Ao lado do também campeão da Copa do Brasil Fernando Rech, que hoje é auxiliar de Picoli, os zagueiros fizeram questão de rever e segurar novamente a taça mais importante do memorial alviverde. Dupla de respeito, pararam, com o também zagueiro Capone, ataques fortíssimos do final da década de 90. Diante do Botafogo, impediram que jogadores como Bebeto, Sergio Manoel, César Prates e Zé Carlos estragassem a festa da Papada.

“Até então o Picoli era o nosso substituto imediato, mas nas duas finais ele acabou sendo titular e levou a premiação inteira”, contou Índio, em meio a gargalhadas. “O Picoli sempre foi um grande líder e tenho certeza que aqui no Juventude ele ainda vai ter muito sucesso, pois eu conheço o potencial e a força de vontade que ele carrega”, complementa o zagueiro.

No último sábado, Índio acompanhou das arquibancadas o trabalho dos amigos Picoli e Fernando na vitória do Juventude diante da Portuguesa, no Jaconi. Além disso, matou a saudade do verde e do branco, cores que ele sempre vestiu com a garra típica de quem é Juventudista de coração. “O Juventude está voltando a galgar seu espaço e ainda vai colher grandes frutos pelo trabalho que realiza. Sei disso porque vejo pessoas identificadas com o clube querendo coisas positivas. Tenho certeza que o torcedor terá grandes momentos pela frente”, assegurou Indião.