03/08/2010

Bate - PAPO Mário Grazziotin

Bate - PAPO Mário Grazziotin


DINOS
Paleontólogos da PUC descobriram em 1998, fósseis de dinossauros que habitaram o Rio Grande do Sul há 200 milhões de anos e na mesma região, entre Santa Maria, Jaguari e Candelária, existem à flor da terra enormes árvores petrificadas com a mesma idade dos dinossauros. Ambos se extinguiram por mudanças no clima ou sabe-se lá o que, levando os cientistas a estudar os fósseis e as petrificações, realizando viagens ao passado. 
Eu também volto no tempo em busca de poderosos símbolos verdoengos como Babá, Valentim e Negri, gigantes dos seus tempos que hoje ainda o são. 
O Babá corria junto à linha lateral como convinha a um ponteiro, deixava o Ortunho sentado no barro e metia a bola na área. Babá construiu-se um titã, aquele gigante da mitologia juventudista que pretendia escalar o céu e derrotar Jupiter, como muitas vezes fez na presença da torcida. 
Puxo pela memória para ‘ver’ o Aribaldo de Negri esticando braços, pernas e alma para fechar a meta. O primeiro goleiro a usar luvas e o melhor de todos em defesas acrobáticas. O Negri mandou muito torcedor adversário para casa de mau humor. 
O Valentim era tão bom com os companheiros como era ‘mau’ com os adversários, rebatia bola e atacantes, jogava a troco de alegria. Seu coração estava sempre no bico da chanca, o que se poderá comprovar se examinarmos as chuteiras que ele usava. Nem é preciso ser paleontólogo, basta ser juventudista. 
Os nossos gigantes são muitos e desde que Deus entregou o mundo às discussões, eles estão pintados de verde e suas almas vigorosamente temperadas não enferrujam, petrificam ou fossilizam, são almas de gigantes que não se extinguem.